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Cientistas alertam que turismo é uma ameaça para a Antártica

Pinguim é fotografado próximo do Navio russo Akademik Shokalskiy, que ficou preso na Antártica. Cientistas alertam para risco do turismo no continente (Foto: Andrew Peacock/www.footloosefotography.com/AFP)
Em 20 anos, número de turistas passou de 5 mil para 40.000 por ano. Turismo ameaça frágil ecossistema; estudiosos pedem maior proteção.
Cientistas que estudam a Antártica advertiram nesta semana que o número crescente de turistas que visita o continente branco ameaça seu frágil ecossistema e pediram maior proteção. De 1990 até hoje, o número de turistas passou de 5.000 em um ano para os 40.000 atuais, segundo dados da indústria do setor. A maioria visita áreas sem gelo, que constituem menos de 1% da Antártica.
Também estão em construção instalações de pesquisa, estradas e depósitos de combustíveis nestas áreas minúsculas onde o gelo desapareceu. Estas áreas abrigam a maior parte da fauna e da flora do continente e são as menos protegidas do planeta, segundo estudo do National Environmental Research Programme (NERP), financiado pelo governo e a divisão australiana da Antártica.
"Muita gente pensa que a Antártica está bem protegida das ameaças à sua biodiversidade porque é isolada e (quase) ninguém mora lá", escreveu Justine Shaw, do NERP, no estudo publicado no jornal "PLoS Biology".
"No entanto, demonstramos que há ameaças para a biodiversidade da Antártica", prosseguiu. "A maior parte da Antártica é coberta de gelo e só menos de 1% carece de gelo", lembrou.
"Apenas 1,5% desta zona sem gelo pertence às áreas especialmente protegidas da Antártica, apesar de que esta região abriga a maior parte da biodiversidade", acrescentou.

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